quarta-feira, setembro 29, 2010

De que vale a tua sanidade , mediante a esse mundo mentecapto , de pessoas dementes e alienadas . Pois que tua loucura seja perdoada e que tu possas até libertastes da loucura desse mundo , mas que perca tua razão cometendo desatino na loucura do meu viver . E mesmo que um dia isso tudo cesse , que ainda sim você permaneça como um fenômeno inaudito e maluco vagando pelo meu ser .


Andressa Vieira

terça-feira, setembro 28, 2010

" Me prende ao teu ser para na loucura do teu viver , eu me libertar da loucura do mundo "



P. Thiago

quarta-feira, setembro 22, 2010




Me leve , de leve no pesar das tuas pálpebras ,
quando o sono da insatisfação te vier .
Me leve nas tuas noites boemias .
Me leve nas tuas mãos pequenas .
Me leve na tua melhor gargalhada ,
me leve também na tua vida privada .
Me leve nas gotículas da tua saliva ,
quando alguém pra conversar te faltar .
Me leve aqui ,
me leve acolá ,
me leve aonde precisar .
Me leve quando estiveres triste ,
e precisar de alguém pra cantar .
Me leve (de leve) nos goles de vodka que você tomar .
Me leve até quando de tanto beber ,
você precisar de uma mão pra segurar .
Me leve ali ,
me leve lá ,
me leve (de leve) nas tuas orgias .
Me leve onde você precisar .
Me leve tanto ,
me leve sempre ,
Me leve muito pouco , de leve !
Me leve de qualquer intensidade ,
me leve também presente na saudade .
Não precisa ser de leve ,
ao menos Me Leve !

( A. Vieira )
Eu era , ela .
Tu eras , ele .
E o Outro , era : eles .
A primeira pessoa do plural : nós .


Andressa Vieira _ um soturno e bizarro triângulo amoroso .

sábado, setembro 11, 2010

Vai me amar quando eu acordar ?


Escolheu o melhor lugar e como um relicário intocável permaneceu absorta em seus pensamentos , tinha a alma apartada do corpo que se contorcia num mar de saudades . Fechou os olhos e tudo o que via era , um longa de 288 horas , via vários rostos em perfeita divergência , e dois que tentavam um tipo de fusão visual . Nenhuma força gravitacional agia sobre eles , nada mais que o fio comunicativo dos vossos olhares os mantinha no espaço habitacional . Estabeleciam as diferenças do que tinham em comum .
Sophie apertou os olhinhos e sentiu com qual intensidade os pingos de chuvas acertavam o rosto da protagonista , prendeu o fôlego para que o ar inalado durasse equivalente ao abraço que lhe guardava , atentou para a cena em que o casal tocou os lábios sem buscar nenhum encaixe e sem fazer qualquer outro movimento , o que lhe aparentava ser um beijo durou menos de 5 segundos . Não se separavam , pois ainda procuravam o fio que os ligava : os olhos que nunca haviam sido fechados . Sophie apertou os olhos com uma força maior tentando alcançar o NEXT , perfeito ! Agora via uma cama com dois corpos que ardiam hiperbolicamente encaixados numa perfeita simetria , não fechavam os olhos um só segundo , temiam não passar de um mero sonho bom . Sophie sentia o cheiro de libido e a endorfina que dominava o lugar . Depois da imensa sanidade do prazer, ainda sim conseguiu chorar quando perto do amanhacer a protagonista temia fechar os olhos , tinha medo do amante não mais ama-la quando acordasse .

( A. Vieira )



Se eu soubesse que seria a ultima vez eu o teria deixado fazer quantas marcas
lhe desse vontade ,
de todos os tamanhos ,
de qualquer intensidade ,
da mínima a maior profundidade ,
nos ossos ,
nas articulações ,
nos músculos ,
nos órgãos ,
nos sistemas ,
nos sentidos ,
na alma ,
sem me preocupar se os outros iriam olhar , se daqui pra mais tarde iria necrosar .
Se eu soubesse que seria a ultima vez eu o deixaria ter me compactado nos seus braços ,
me apertado ,
me espremido ,
me comprimido até que seus dedos pudessem adentrar os meus poros .

( A . Vieira )