sábado, outubro 23, 2010

Eram 12:20 nublados quando Sophia saia da escola , seria um dia como todos os outros , se em Teresina tivesse aquele sol onde Ter é sina. Ao invés das pegadas os rastros deixados por Sophia eram pingos de chuva , todos alinhado numa fila indiana, sim de chuva - shhhhhhhh uáááááááá - a menina escutava musica , quando Seu Olhar saltou pra Grão de Amor - me deixe sim meu grão de amor mas nunca de me amar - ficou de boca aberta pro céu , uma mistura de céus . Gotas nostálgicas pingavam dentro de sua boca tinha gosto de saudade e cheirava aquele dia em que os dois corriam no meio da rua , e viram um casal de crianças nascidas faz tempo ( velhinhos) , lembrou que chorava enquanto via a cena . Charles pegou seu rosto entre as mão , dando um beijo na testa : - Não chora nêga , eu te amo tanto !
Sophia se debruçava em lágrimas , não conhecia o amor debaixo de chuva . Juraram um ultimo banho de chuva antes da morte , assim como aquele casal .
Fechou a boca , e sacudiu a cabeça , ainda tomando gosto das gotinhas . Despertou da lembrança . escutando a advertência de Maria :
- Mais Sophia isso é poluído !
- Poluída deve ser as suas lembranças , porque as minhas são tão límpidas quanto a transparencia dessa gota que você ver cair .


Andressa Vieira

Um comentário:

  1. vejo q saudade é uma constante!
    e escreve com tal leveza...
    lê bem. gosta de ler, decerto, textos calvos de grandiosa chatice. quer mais é aquela leitura q vai sussurante, aos pouquinhos, sem pressa. um vocabulário simples, mas não precisa ser tão diverso pra ser bom.
    a temática... é linda. trabalhe mais o q está por trás do trás dela. é muitíssimo interessante.
    vc é uma pedra preciosa menina
    tenho orgulho de ter estudado contigo!
    abraços!

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